Ser servidor público é o sonho de
muita gente. Algumas pessoas investem bastante nos estudos direcionados
aos concursos públicos. Além da estabilidade funcional, os salários
pagos pelos governos são na maioria das vezes bem atrativos, além de
outras vantagens e recompensas não oferecidas pela iniciativa privada.
Mas dependendo da esfera e do órgão em que se ingressa, o sonho às vezes
transforma-se em pesadelo. A remuneração, os benefícios e a
estabilidade estão assegurados, mas surge outro problema com o qual o
neófito no serviço público não tinha conhecimento ou não estava
psicologicamente preparado para enfrentar e, quando depara-se com a
dura realidade, revolta-se, frustra-se e se desmotiva. O problema reúne a
politicagem, o nepotismo, a corrupção, a morosidade, a má fé, a má
vontade e a hipocrisia presente na rotina e relacionamentos em um órgão
público. Comparo tais hábitos a uma carniça putrefata que com o mau
cheiro é preciso se acostumar e fingir que não a vê tanta podridão,
afinal, seria ingenuidade e suicídio tentar remover a carniça infestada
de vermes que dela se alimentam. Depois de observar tanta devassidão
dentro dos órgãos públicos, infere-se que o Brasil não tem conserto, nem
a longo prazo. As instituições públicas estão repletas de pessoas
fazendo prevalecer os interesses particulares em detrimento dos
interesses públicos e a troca de favores e negociações de cargos são
ações tão comuns quanto abrir uma porta. Por mais corriqueiro que tenham
se tornado esses casos, continuo achando absurdo, inadmissível e sempre
vou me indignar. Causa mais indignação ainda ver os dirigentes, “as
autoridades” cobertos com a capa da probidade pregando moralidade,
exigindo lisura e transparência e todo aquele blá, blá, blá pra bode
dormir porque são eles os pais da carniça.
Decepcionante. Broxante. Nojento. Odioso.
E tenho dito!
Fonte : Blog Cacto Bola
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