quarta-feira, 5 de novembro de 2014

TCE investigará viagens em 91 municípios do Estado do Rio.

Decisão foi tomada após Câmara Municipal de Meriti pagar curso em balneário para 20 dos 21 vereadores

O Globo

RIO — O presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), conselheiro Jonas Lopes, determinou nesta segunda-feira auditoria para examinar a legitimidade e a legalidade das despesas feitas pelas 91 câmaras dos vereadores do estado com passagens aéreas, hospedagem e traslados para a participação dos políticos e servidores em cursos de capacitação em cidades turísticas do país. A investigação foi determinada depois que 20 dos 21 vereadores de São João de Meriti viajaram no último dia 30 para um curso de quatro dias em um hotel na paradisíaca Praia de Cabo Branco, em João Pessoa, na Paraíba, organizado pelo Instituto Capacitar ao custo de R$ 107.300. Além dos vereadores, participaram do evento dois suplentes e sete acompanhantes. A viagem, noticiada pelo jornal “O Dia”, revoltou os servidores de São João de Meriti, onde graves problemas financeiros provocaram, há duas semanas, a demissão de três mil funcionários.
Nesta segunda-feira, uma comissão da Coordenadoria Municipal de Auditoria Governamental do TCE-RJ esteve na sede da Câmara Municipal de Meriti para analisar documentos sobre viagens realizadas pela Casa nos últimos cinco anos. Segundo o coordenador da comissão, Bruno Fonseca Villas Boas, que está participando da investigação, no primeiro levantamento realizado, os vereadores gastaram R$ 750 mil desde 2010 só em cursos de capacitação em hotéis de luxo fora do estado. As investigações sobre os gastos começaram sem a presença dos políticos já que, segundo informações da portaria da Câmara, eles ainda estariam participando do curso. O movimento na Casa foi tão pequeno que parecia feriado municipal.

INVESTIGAÇÃO SERÁ RETROATIVA A 2010
A apuração dos gastos municipais com cursos de capacitação para vereadores, tanto na Câmara de São João de Meriti quanto nas demais do estado, será retroativa a 2010.
— A equipe de técnicos já está iniciando o trabalho em São João de Meriti. Como já existem precedentes com relação a este tipo de problema, eu determinei auditorias especiais para apurar todos os contratos dos últimos cinco anos em Meriti. Depois, vamos realizar inspeções em todas as outras 90 câmaras fluminenses — afirmou Jonas Lopes, referindo-se à condenação, em 2009, do então presidente da Câmara de Vereadores de Mesquita, André Taffarel Inácio dos Santos, que foi obrigado a pagar uma multa de 5 mil Ufir-RJ (correspondente à época a R$ 11.376) e a devolver 670 mil Ufir-RJ (equivalente a R$ 1,5 milhão) aos cofres públicos. A imputação do débito foi decidida pelo Tribunal de Contas, após a constatação de irregularidades nas despesas com um curso para os vereadores daquele município.
Segundo Jonas Lopes, em todas as inspeções especiais que serão feitas nos 91 municípios, os auditores do TCE-RJ verificarão, além da legitimidade e da legalidade das despesas, a pertinência dos cursos de capacitação para o exercício do mandato dos vereadores.
— Chama atenção o fato de que já ocorreu em outras câmaras, sempre ou quase sempre com o mesmo instituto, sempre em balneários turísticos e sempre nos fins de semana. Outra coisa que nos causa espécie é a quantidade de vereadores no curso. Queremos saber, inclusive, o conteúdo do curso para ver se é compatível e em que vai contribuir para o exercício do mandato parlamentar — comentou o presidente do TCE.
Para Jonas Lopes, a auditoria especial em todos os municípios servirá de exemplo para os gestores públicos:
— Com esta ação, esperamos que os gestores pensem duas vezes antes de realizar esses gastos. Não basta que seja legal e legítimo. Tem que trazer benefícios para a sociedade, que paga o imposto. No caso de São João de Meriti, queremos saber que benefício foi este, em que contribuiu para a atividade parlamentar e, nesta atividade, qual o benefício que trará para a sociedade. A população está em pânico com a situação caótica das finanças públicas municipais.

APENAS UM VEREADOR NÃO QUIS PARTICIPAR

Nesta segunda-feira, o único vereador que estava trabalhando na Câmara de São João de Meriti era Alfredo Queiroz (PT). Ele contou que foi informado em setembro pelo presidente da Câmara, vereador Joel Rodrigues Sobrinho, sobre a realização do curso, mas preferiu não participar.
— Acho que não é o momento para a realização de um gasto desses, em razão da situação financeira pela qual a cidade passa, inclusive com salários dos servidores atrasados — afirmou o parlamentar, que já tomou parte de um curso de capacitação no ano passado.
O curso foi realizado pelo Instituto Capacitar, cuja sede, em Belo Horizonte, fica no mesmo endereço (Rua dos Bem-te-vis, 284) do Instituto Nacional Municipalista, que foi investigado em 2010 por promover falsos eventos com vereadores do Rio Grande do Sul. O contrato com a Câmara de Vereadores de São João de Meriti foi feito por meio da Resolução 1.359, de 23 de setembro de 2014, publicada no Diário Oficial do município em 25 de setembro. Esta resolução criou a “Comissão de representação para participar do Curso de Capacitação para Vereadores, Prefeitos, Vice-prefeitos, Secretários Municipais, Assessores e Servidores.” O hotel contratado, segundo a publicação, foi o Ambassador Flat, em João Pessoa. A resolução foi assinada pelo presidente da Câmara, Joel Rodrigues Sobrinho, e os vereadores Angela Theodoro da Costa e Carlos Roberto Rodrigues.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Assédio moral poderá ser enquadrado como ato de improbidade administrativa.

O assédio moral contra servidor público poderá ser enquadrado como ato de improbidade administrativa. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) está pronta para votar, em decisão terminativa, projeto de lei do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) que criminaliza a prática na administração pública. A matéria (PLS 121/2009) tem parecer favorável do relator, senador Pedro Taques (PDT-MT).
O substitutivo elaborado por Taques acrescenta à Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/1992) o assédio moral como nova hipótese de conduta contrária aos princípios do serviço público. Originalmente, Inácio Arruda pretendia inserir a conduta no rol de proibições estabelecidas na Lei 8.112/1990, que institui o Regime Jurídico Único dos Servidores Civis da União (RJU).
O foco da intervenção foi deslocado, segundo justificou o relator, para contornar inconstitucionalidade presente no PLS 121/2009.
“A iniciativa de projetos de lei referentes a servidores públicos e seu regime jurídico compete ao chefe do Poder Executivo respectivo e nem mesmo a sanção pode convalidar o vício de iniciativa e sanar a inconstitucionalidade formal de proposições que violem esse preceito”, argumentou Taques, baseado em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o assunto.
Por outro lado, recente posição do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconhecendo assédio moral praticado por um prefeito contra servidora municipal como ato de improbidade administrativa incentivou Taques a recomendar seu enquadramento na Lei de Improbidade.
“O assédio moral é uma prática execrável, que deve ser extirpada das relações de subordinação empregatícia, ainda mais no serviço público, onde o Estado é o empregador e o bem comum é sempre a finalidade”, sustentou Taques.
A definição dada à conduta no PLS 121/2009 acabou sendo mantida no substitutivo: coação moral realizada por autoridade pública contra seu subordinado, por meio de atos ou expressões que afetem sua dignidade ou imposição de condições de trabalho humilhantes ou degradantes.
Se não houver recurso para votação pelo Plenário do Senado, o PLS 121/2009, se aprovado, será examinado em seguida pela Câmara dos Deputados.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)- 14/09/2014

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

PRE pede cassação de candidatura de Pezão e Dornelles .

Segundo o órgão, twitter institucional do governo foi utilizado para beneficiar os candidatos

por

RIO— A Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (PRE) pediu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a cassação dos registros de candidatura e dos diplomas, caso sejam eleitos, do governador e candidato à reeleição Luiz Fernando Pezão (PMDB) e seu vice, Francisco Dornelles (PP), por abuso de autoridade e conduta vedada. De acordo com a PRE, os candidatos foram beneficiados com propaganda institucional veiculada pelo perfil do governo do Estado no Twitter.
A procuradora eleitoral substituta, Adriana Farias, constatou que o perfil @GovRJ, que tem 142 mil seguidores, mantém notícias institucionais com links para a página pessoal de Pezão na rede, a @LFPezao. Segundo a procuradora, o vínculo é feito com fotos, compartilhamentos e notificações da página do político. Entre as publicações, há tweets como “#LFPezao:Nós vamos fazer td que estiver ao nosso alcance. Continuem com o @GovRJ”.
— É possível vislumbrar manifesto de desvirtuamento do uso da página do governo para beneficiar a candidatura dos réus em detrimento de seus opositores. A publicidade exorbitou da sua função de informar os atos da administração e do legítimo interesse comunitário, veiculando dizeres do governador com teor substancialmente eleitoreiro — afirmou a procuradora na decisão.
Para a Procuradoria Regional Eleitoral, a conduta vedada fica clara com a manutenção no ar dessa publicidade institucional nos três meses anteriores às eleições – prazo em que a prática é proibida.
Publicidade

 Em nota, a assessoria de imprensa da campanha de Pezão informou que "os perfis institucionais em redes sociais por parte do governador e candidato à reeleição Luiz Fernando Pezão não postam nada relacionado ao governador Pezão desde antes do início do período eleitoral. Somente as redes sociais por parte do candidato Pezão estão postando informações sobre o candidato".
Já a assessoria do governo do Rio informou, em nota, que "desde o início do período eleitoral, em 5 de julho, as publicações nos perfis institucionais do Governo RJ nas redes sociais obedecem à legislação eleitoral em vigor".
"Neste período, não há qualquer publicação referente ao governador e/ou postagens com conteúdo relacionado à campanha do candidato", diz a nota oficial do governo.

O PT passa o trator. E Marina resiste

Apavorados diante da perspectiva de deixar o poder, petistas adotam a tática de atacar Marina Silva a qualquer custo. O resultado é uma campanha como nunca antes se viu neste país.

A decisão do PT de passar o trator em Marina Silva foi tomada no dia 1º de setembro em um jantar no hotel Unique, em São Paulo, logo depois do segundo debate entre os candidatos à Presidência, no SBT. Estavam à mesa a presidente e candidata do partido, Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula, o marqueteiro João Santana, o ex-­ministro Franklin Martins, o ministro Aloizio Mercadante e o presidente do PT, Rui Falcão. Juntos, chegaram à constatação de que o fenômeno Marina era bem mais sustentável do que parecia a princípio.
Se nada fosse feito, concluíram, Marina Silva estaria sentada na cadeira de presidente da República pelos próximos quatro anos. “As pesquisas mostravam isso”, disse a VEJA um ministro do governo. “Não tínhamos alternativa a não ser partir para cima com tudo.” Àquela altura, a candidata do PSB aparecia empatada com Dilma no primeiro turno e 10 pontos à frente no segundo. Lula resumiu o clima reinante e deu a ordem de marcha: “Precisamos reagir e reorganizar a tropa”.
Como sempre nesses casos, com uma equipe azeitada, acostumada a trabalhar em conjunto há muitas campanhas e conhecedora dos limites éticos, ou da falta deles, não foi preciso ser muito explícito sobre o que precisava ser feito. O próprio diagnóstico do problema embutia sua solução. Marina tinha virado uma entidade sagrada, uma combinação de espírito da floresta com o espírito do capitalismo, metade Chico Mendes, metade Steve Jobs. Decidiu-se que o processo de destruição da candidatura Marina seria eufemisticamente chamado de “dessacralização”.
Logo a máquina de propaganda petista, comandada pelo veterano e medalhado publicitário João Santana, mostrou a que viera. Em menos de uma semana o resultado começou a aparecer no programa eleitoral de Dilma e nas inserções de televisão e rádio. Nunca se viu na história eleitoral deste país uma combinação tão violenta de mentiras, falsificações, manipulações, exageros e falsas acusações como a despejada pelo PT sobre Marina.

Veja

 

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

PT agora diz que vai processar Marina. É piada de partido autoritário!

É o fim da picada! O PT decidiu partir com uma violência contra Marina Silva que, em certa medida, jamais empregou nem contra adversários tucanos em disputas presidenciais: Serra, Alckmin e Aécio. O partido diz que vai apresentar ao Ministério Público Eleitoral uma representação criminal, acusando Marina, candidata do PSB à Presidência, de “difamação”. Por quê? Porque, em sabatina no Globo, Marina afirmou que o partido colocou por 12 anos um diretor para assaltar os cofres da Petrobras. Ela se referia, claro, a Paulo Roberto Costa.
Pois é… Difamação? Que Costa tenha assaltado os cofres da Petrobras, eis uma afirmação que é matéria de fato, não de opinião. Ele mesmo confessa num processo que envolve delação premiada — e o prêmio só virá se apresentar evidências do que diz.
É impressionante que o partido que acusa a adversária de tentar roubar a comida do prato dos brasileiros e de ameaçar tirar da educação R$ 1,3 trilhão — mentiras assombrosas — queira um processo contra essa mesma adversária porque afirmou que o partido pôs um assaltante numa diretoria da Petrobras.
Quem nomeou Paulo Roberto? A direção da empresa, controlada pelo PT. No cargo, eles fez o quê? Assaltou os cofres da Petrobras.
O PT sabe que esse tipo de coisa não dá em nada, mas está fazendo firula para ganhar o noticiário. Tudo compatível com um partido que cria lista negra de jornalistas, que pede a cabeça de funcionários de bancos, que tenta censurar textos de consultoria e que moveu uma ação de queixa-crime contra um economista porque não gosta de sua opinião.
O mundo ideal do petismo é uma ditadura onde não há contestação.
Por Reinaldo Azevedo

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Os Desavergonhados

É o feitiço do tempo.
É o passado que não quer passar
É o peso das gerações mortas, como diria um pensador que os petistas apreciavam antigamente, oprimindo o cérebro dos vivos.
É a miséria moral se fingindo de resistência.
É o assalto ao Estado brasileiro e às suas instâncias.
É o novo patrimonialismo roubando o futuro dos brasileiros.
Enquanto o país se espantava com a bandalheira do mensalão — aquele esquema em que um partido, banqueiros e altos funcionários da administração se organizavam numa quadrilha para criar um Congresso paralelo —, outra maquinaria criminosa, em tudo semelhante e com boa possibilidade de ter movimentado quantidade ainda maior de dinheiro, vigorava na Petrobras, a principal empresa brasileira.
Não, senhores! Seus promotores e operadores não se intimidaram. Talvez escarnecessem do país: “Vejam lá aqueles se estapeando por causa de pouco dinheiro, e nós, aqui, a operar uma máquina de corrupção bilionária”.
Sim, leitores, por mais que o mensalão petista tenha movimentado uma fábula, o valor é troco de pinga na comparação com os recursos que passaram pelo “Petrolão”. Só a compra da refinaria de Pasadena — uma das operações da máfia que tomou conta da Petrobras, segundo Paulo Roberto Costa — gerou aos cofres da empresa um prejuízo de US$ 792 milhões nas contas do TCU — ou R$ 1,8 bilhão.
Segundo o engenheiro da Petrobras Paulo Roberto Costa, que está preso, ao contratar obras de empreiteiras, a Petrobras pagava propina a um grupo de políticos do PT, do PP e do PMDB. Entre os principais nomes implicados na lambança, está o de João Vaccari Neto, homem que cuida das finanças do petismo.
O esquema da Petrobras, que chamo aqui de Petrolão, em tudo reproduz o mensalão. Não é diferente nem mesmo a postura do Poder Executivo, da Presidência da República. Dilma repete, ainda que de modo um tanto oblíquo, o conteúdo da frase célebre de seu antecessor: “Eu não sabia”, ainda que, no comando da Petrobras, durante os oito anos de governo Lula e em quase dois da atual gestão, estivesse José Sérgio Gabrielli, um medalhão do PT, o principal responsável pela compra da refinaria de Pasadena.
Nada, nada mesmo, lembra tanto a velha política como a gestão miserável que tomou conta da Petrobras. Infelizmente para o país, o nome de Eduardo Campos, antecessor de Marina Silva na chapa presidencial do PSB, aparece no centro do escândalo. As falas de petistas e peessebistas se igualavam na desconversa até ontem. Nesta segunda, Marina Silva mudou um pouco o tom (ver post seguinte),
Para arremate da imoralidade, um ministro como Gilberto Carvalho (ver post) vem a público para atribuir a corrupção desavergonhada ao sistema de financiamento de campanha. Segundo ele, caso se acabem com as doações privadas, isso desaparecerá. Trata-se de uma falácia espantosa. Ao contrário: se e quando as doações de empresas forem extintas, mais as estatais estarão entregues à sanha dos partidos.
Escreverei isto aqui pela enésima vez: é claro que o PT não inventou a corrupção. Os larápios já aparecem em textos bíblicos; surgem praticamente junto com a civilização. Mas nenhum outro partido na história da democracia (e até das ditaduras), que eu me lembre, buscou naturalizar a prática corrupta como mera necessidade, como uma imposição dos fatos, como tática de sobrevivência.
Até quando?
Por Reinaldo Azevedo

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Nem branco, nem nulo..vote no Brasil.

Está começando hoje o horário eleitoral "supostamente" gratuito.

E, como no Brasil ainda é a política que governa a economia, cabe um alerta para quem se acha esperto declarando por aí que vai votar em branco ou nulo.

Voto branco ou nulo é indício de desencanto com a política como ela é ou de desprezo pelos políticos como eles são.

Daí que insatisfação, desencanto ou desprezo são direitos de cada um.

Mas são direitos que não podem se tornar hábitos ou costumes, nem para justificar abstenções preguiçosas, nem para livrar cidadãos da responsabilidade de agir como cidadãos.

Essas abstenções acabam contribuindo para anistiar ou consolidar no poder exatamente aquela política como ela é ou aqueles políticos como eles são.

Votar, errar, encarar as consequências é um ato de coragem, de civilidade, é da vida.

Não votar, sob alegaçao de que "ninguém presta", é um ato de deserção e deslealdade com aqueles que sempre se arriscam, sempre tentando acertar.

Se todos olharmos bem, vamos ver que, na verdade, "ninguém é perfeito".

Por esse motivo, buscar nomes, pesquisar candidatos, garimpar alternativas... tudo isso dá trabalho - e nem podia ser diferente porque a gente está tentando construir um país, e não um bordel!

Enfim, votar nulo e esperar que o Brasil melhore é o mesmo que tomar veneno e esperar que os políticos morram!

Para mudar o país, é preciso mudar essa ideia... nem que seja para a gente cometer erros novos!

Alex Campos

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Garotinho lidera disputa para governo do Rio com 25%, diz Datafolha.


Candidato do PR passou Marcelo Crivella (PRB), que caiu de 24% para 18%. Pezão (PMDB) tem 16% e Lindberg (PT) 12%

O DIA

Rio - O candidato Anthony Garotinho (PR) se isolou nas intenções de voto na disputa ao Governo do Estado com 25%, de acordo com pesquisa do Datafolha divulgada nesta sexta-feira. Marcelo Crivella (PRB), anteriormente empatado com o agora líder da lista, caiu 6 pontos percentuais, indo de 24% para 18%.
Já o atual governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) tem 16% dos votos, seguido pelo senador Lindberg Farias (PT), com 12%. Com os novos números, Crivella está empatado tecnicamente com o candidato peemedebista. Tarcísio Motta (PSOL), Dayse Oliveira (PSTU) e Ney Nunes (PCB) têm 1%. A margem de erro é três pontos percentuais. 
Com a pesquisa, a queda do ex-ministro da Pesca ocorreu entre os mais pobres e os mais ricos na Região Metropolitana, enquanto Garotinho subiu na faixa das famílias que recebem entre cinco a dez salários mínimos.
A pesquisa entrevistou 1.317 pessoas na última terça (12) e quarta-feira (13). Desses, 17% declararam voto branco ou nulo. Outros 10% não souberam opinar. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com os números RJ-00019/2014 e BR-00362/2014. A primeira pesquisa do instituto foi realizada em julho, após o registro das candidaturas no TSE.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Morte de Eduardo Campos embaralha sucessão.


Logo que passar a perplexidade provocada pela morte prematura de Eduardo Campos, o PSB terá de se reposicionar na cena eleitoral. Pela lei, a coligação liderada pelo partido dispõe de dez dias para substituir o candidato. A opção mais óbvia chama-se Marina Silva. Se ela for a escolhida, a sucessão presidencial tende a ficar embaralhada. E mais imprevisível.
Até aqui, esboçava-se uma disputa com grande probabilidade de repetir o Fla-Flu que faz das últimas sucessões presidenciais, desde 1994, uma gincana entre petistas e tucanos. Campos (8% no último Datafolha) lutava para furar o que chamava de “falsa polarização” entre Dilma Rousseff (36%) e Aécio Neves (20%). Apostava que sua parceria com Marina faria dele um candidato competitivo.
Hospedada no PSB desde que o TSE se negou a expedir a certidão de nascimento da sua Rede, Marina sempre foi uma coadjuvante com cara de protagonista —uma vice mais conhecida que o titular, com 20 milhões de votos na biografia. Se a tragédia guindar Marina à cabeça da chapa, ela tem potencial para entrar na disputa do tamanho de Aécio Neves. Ou maior.
Numa pesquisa divulgada pelo Datafolha em abril, quando o nome de Campos era substituído pelo de sua vice, chegava-se ao seguinte resultado: Dilma amealhava 39% das intenções de voto. Marina somava 27%. Aécio, 16%.
Sem comoção, Marina já era uma ameaça aos rivais. Se migrar do luto para a candidatura presidencial, Dilma e Aécio terão de remodelar suas estratégias. Resta agora saber: 1) se PSB e Rede, às turras, conseguirão se entender; e 2) se Marina, personagem tão imprevisível quanto as urnas, aceitará substituir Campos.

Blog Josias de Souza

sábado, 24 de maio de 2014

Coluna do Servidor: Indenização na falta de licença.

Servidores estaduais ou municipais que não foram contemplados com licença-prêmio ou licença especial devem ser indenizados.

Rio -  Servidores estaduais ou municipais que não foram contemplados com licença-prêmio ou licença especial devem ser indenizados. Esse é o entendimento do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). Para o TJ, os órgãos são obrigados a conceder o benefício até a aposentadoria do funcionário, ainda que não tenha sido requerido. As licenças-prêmio ou licenças especiais são concedidas a cada cinco anos de serviço público completados, desde que não haja falta ou afastamento sem justificativa.
De acordo com o advogado Carlos Henrique Jund, do escritório Jund Associados, há casos de servidores que preferem acumular a licença-prêmio para antecipar a aposentadoria, mas a prática, no entanto, é ilegal. “A Constituição Estadual prevê essa possibilidade, mas o Supremo Tribunal Federal julgou esse artigo inconstitucional”, explica.
Em geral, o valor da indenização corresponde a um salário bruto a cada período de férias ou mês de licença não usufruídos. O advogado esclarece que o direito do trabalhador deve ser cumprido, com o objetivo de atenuar os desgastes e garantir o bom desempenho dele na função.
Segundo Jund, com os Juizados Especiais Fazendários, que atuam nos processos movidos contra o estado e municípios, o trâmite das ações está ainda mais rápido. “Nestes casos, vale lembrar que os pedidos devem ser de até 60 salários mínimos ou R$ 37.320. Para tanto, não haverá precatório, sendo as indenizações pagas ao final do processo mediante RPV (Requisitório de Pequeno Valor)”, diz Jund.
Fonte: Jornal O Dia