domingo, 23 de setembro de 2012

O político perseguidor e o político sedutor.

O político perseguidor é burro, porque não persegue o adversário. Elege como alvo de sua perseguição o aliado que por algum descuido separou-se momentaneamente da sua convivência, porém não descartou o retorno. A burrice do perseguidor está aí: ao apontar sua arma para o aliado que desencaminhou a trajetória por algum acidente de percurso, obriga-o a se jogar nos braços do adversário eterno.

Então acontece o interessante fenômeno da multiplicação dos votos. Porque, conforme os estatísticos, o voto dado ao adversário é contado em dobro. Aquele que aderiu votava no candidato ou no esquema oposto ao do recebedor da nova dádiva. Como deixou o esquema oposto e ingressou no esquema do adversário, este, que não contava com aquele voto, ganhou dois. E o perseguidor, consequentemente, perdeu o mesmo percentual.


Dizem, os mais experientes, que o político perseguidor é geralmente aquele que não possui grandeza de espírito. Sem grandeza de espírito, falta ao perseguidor o poder da argumentação, através do qual conquista novos adeptos e reconquista adeptos desencaminhados na trajetória. Apela para a força por ser despido de qualquer atrativo de simpatia ou sedução. Por isso, na maioria das vezes o político perseguidor tem vida curta, não dura muito, não faz base e, ao partir, não deixa saudades.

Muito diferente do sedutor, que se eterniza na lembrança do seu povo.


Ao perseguidor resta a lição de aprender com os sedutores, se bem que, por ser pequeno, franzino e mesquinho, morre apanhando e jamais aprende. 

By Isa 

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