A impressão do voto eletrônico, fundamental para dar segurança ao
processo eleitoral brasileiro – vai ser discutida na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal nesta terça (8/5), às
14:30, em Brasília, por seis doutores em informática, dois advogados e
um engenheiro que assessorava Leonel Brizola.
Os especialistas que
estarão lá, da UnB e da Unicamp, estão divididos: uns criticam a
fragilidade técnica da urna em uso no Brasil, outros se alinham ao
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que garante que ela é 100% segura
embora seja de 1ª geração e esteja em uso desde 1996. Neste período a
informática avançou anos luz.
São inseguras por serem dependentes
de softwares, não produzirem contra prova independente para recontagem e
não permitirem que o eleitor confira o voto.
Em todos os países onde foram adotadas máquinas de 1ª geração, como o Brasil, elas já foram substituídas. Exceto a Índia.
Nos EUA elas já são expressamente proibidas devido a vulnerabilidade a fraudes.
Já
as urnas de 2ª geração – usadas nos Estados Unidos e na Venezuela – têm
como principal característica a materialização do voto em papel, que
fica guardado em local próprio para conferência posterior: além do
registro digital do voto –só conferível por especialistas.
Mas já
existem urnas de 3ª. Geração, como as usadas na Argentina, que permitem
ao eleitor conferir o voto tanto no papel quanto no registro eletrônico,
logo após digitá-lo. Uma destas estará em exibição no Congresso nesta
terça, no plenário 16 do Anexo II, pela manhã.
Leia a íntegra em Câmara discute segurança do voto eletrônico
Osvaldo Maneschy é jornalista e integra o Diretório Nacional do PDT
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