segunda-feira, 7 de maio de 2012

Câmara discute segurança do voto eletrônico

A impressão do voto eletrônico, fundamental para dar segurança ao processo eleitoral brasileiro – vai ser discutida na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal nesta terça (8/5), às 14:30, em Brasília, por seis doutores em informática, dois advogados e um engenheiro que assessorava Leonel Brizola.
Os especialistas que estarão lá, da UnB e da Unicamp, estão divididos: uns criticam a fragilidade técnica da urna em uso no Brasil, outros se alinham ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que garante que ela é 100% segura embora seja de 1ª geração e esteja em uso desde 1996. Neste período a informática avançou anos luz.
São inseguras por serem dependentes de softwares, não produzirem contra prova independente para recontagem e não permitirem que o eleitor confira o voto.
Em todos os países onde foram adotadas máquinas de 1ª geração, como o Brasil, elas já foram substituídas. Exceto a Índia.
Nos EUA elas já são expressamente proibidas devido a vulnerabilidade a fraudes.
Já as urnas de 2ª geração – usadas nos Estados Unidos e na Venezuela – têm como principal característica a materialização do voto em papel, que fica guardado em local próprio para conferência posterior: além do registro digital do voto –só conferível por especialistas.
Mas já existem urnas de 3ª. Geração, como as usadas na Argentina, que permitem ao eleitor conferir o voto tanto no papel quanto no registro eletrônico, logo após digitá-lo. Uma destas estará em exibição no Congresso nesta terça, no plenário 16 do Anexo II, pela manhã.

 Osvaldo Maneschy é jornalista e integra o Diretório Nacional do PDT

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