sábado, 29 de dezembro de 2012

O prefeito e o funcionalismo.

Acabar com as distorções existentes no quadro de funcionários da Prefeitura, valorizar o serviço dos efetivos e dar condições de trabalho ideais para bem servir a população, são ingredientes da cartilha que deverá ser lida e assimilada pelo novo prefeito. É fundamental que, já na posse, o chefe do Executivo compreenda que o funcionalismo público municipal não é inimigo, mas sim peça fundamental na engrenagem da administração e na busca do sucesso da futura gestão. O prefeito José Hylen foi um desastre no relacionamento com a categoria. Repetiu e agravou erros passados e foi unânime ao ser avaliado pelos subalternos: ‘o pior da história política da cidade’. A mudança nos parâmetros do relacionamento exige atitudes e decisões sérias, urgentes e voltadas não só na melhora do desempenho profissional, mas, e principalmente, na ajuda a ser dada ao novo prefeito. Este, por sua vez, tem de reconhecer primeiro o mérito dos funcionários efetivos para esperar depois pela recíproca, pois não se pode prescindi-los na equipe que pretende dar o melhor de si em favor da sociedade nos próximos quatro anos. A aprovação do Plano de Carreira, a revisão geral do Estatuto dos Servidores,pagamento de vantagens que não são pagas,ou quando são, é de forma equivocada. A concessão de salários polpudos aos cargos em comissão e a falta de um mínimo de transparência, revelaram o perfil do prefeito José Hylen, que desde 2005 nutre desprezo pelos funcionários. Pelo menos é essa a impressão que passou através de medidas adotadas de forma pouco inteligente. Por incrível que possa parecer, oito anos de governo que tinha como slogan "TRABALHO - DESENVOLVIMENTO- TRANSPARÊNCiA" não serviram para acabar com problemas como a defasagem salarial- com o maior arroxo salarial já sentido pelo funcionalismo-,condições de trabalho precárias,falta de estrutura física nos órgãos públicos, equipamentos obsoletos e quebrados,falta de profissionais capacitados para um bom atendimento a população e  nem para unir em torno de si aquilo que deveria ser um time, entrosado e com os mesmos propósitos. A gestão da máquina pública é encarada pela administração do atual prefeito como assunto de interesse restrito do dele e de seu segundo, o secretário de Administração. Quando era candidato, Zé Hylen tinha outra postura, outra concepção dos servidores. O novo chefe do Executivo, que será empossado no dia 1º de janeiro do ano que vem, deve tomar como exemplo de bom relacionamento com o funcionalismo aquilo que foi implantado e desenvolvido na gestão de Josely. Bons propósitos devem ser seguidos e copiados. Quem sabe assim será possível governar com tranquilidade, com vontade férrea de se produzir e de defender, de verdade, os interesses da administração e da população. A herança ao novo prefeito não chega a ser maldita, mas pode se tornar um pesadelo se não houver um mínimo de mudança e de consideração com os funcionários.

By Isa.

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