A falta de motivação com o trabalho pode ser gerada pelas
limitações da própria instituição pública. Burocracia excessiva,
atividades tediosas, infraestrutura deficiente e ausência de metas e
organização são fatores levados em conta quando o assunto é qualidade de
vida no trabalho. Carmem*, 33 anos, está há quase um ano numa unidade
de saúde municipal. A precária estrutura do ambiente e o relaxamento dos
colegas fizeram com que perdesse o encanto pela almejada função. “Fui
atraída pela estabilidade, mas não estou satisfeita. As condições de
trabalho são péssimas. Falta material e não tenho como dar assistência
aos pacientes. É como se eu tivesse sido contratada para marcar presença
e não desenvolver o trabalho. Isso me frustra”.“Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá”, já dizia Gonçalves Dias
em um dos seus famosos versos românticos onde demonstra sua imensa
admiração pela paisagem do nosso país um lugar tão belo, mas com tantos
problemas onde um dos principais é a precariedade da saúde pública, o
caos no atendimento da população de baixa renda, com equipamentos
sucateados ou inexistentes e a escassez de medicamentos, que fazem parte
da realidade dos hospitais brasileiro. Será que só porque e público e
para atender a população carente, não faz parte do Plano de Governo como
prioridade? O que presenciamos constantemente em relação à saúde
publica no Brasil, são pessoas morrendo dentro dos hospitais, por falta
de socorro médico, leitos insuficientes para atender a tanta demanda e
até escassez de material de consumo para proteger a saúde da população.
Esta é uma dura realidade que coloca em suspeição a eficiência e
eficácia do SUS (Sistema Único de Saúde). A situação fica ainda pior com
a super lotação dos hospitais do interior dos estados, com condições
precárias bem piores do que nas capitais, acabam por transferir para
leitos hospitalares das cidades que mal possuem abrigo para a demanda já
existente e com isso acabam provocando aglomeração nos corredores com
macas improvisadas (a maioria das vezes nem isso se encontra), a espera
de um atendimento. Médicos são injustamente responsabilizados pela má
condição de atendimento, mas estes são obrigados a acumular uma carga
horária exaustiva acumulando vários empregos para poderem viver
dignamente e recompensar o investimento na sua formação. Formação,
diga-se de passagem, que só apresenta “status”, pois se eles fossem
remunerados pela responsabilidade de seu trabalho não necessitariam ter
uma carga horária tão grande e a qualidade de seu atendimento para o
público carente não estaria como se encontra. E ainda são obrigados a
atender pacientes com falta de medicamentos, equipamentos precários que
não benefeciamo número de usuários que é maior do que o hospital pode
suportar. A política de governo aplicada para a saúde pública no país,
pelo atual presidente e pelos governadores de estados, é de total
“descaso”, pois investir em “SAÚDE” e “EDUCAÇÃO de “QUALIDADE” não atrai
votos no período eleitoral. E muitos alimentam a cultura que basta
distribuir alguns sacos de cimentos e alguns blocos para a construção de
um “puxadinho” que não sai tão caro se manter a promessa de saúde e
educação de qualidade. O Brasil é o segundo país em que o cidadão é
obrigado a pagar mais impostos do que os outros países desenvolvidos, (o
primeiro é a Suíça, mas neste país a carga tributaria elevadíssima dá
retorno para o cidadão tanto em saúde como em educação de qualidade o
que propicia a ele não recorrer ao atendimento privado), a diferença é
que nos países de “Primeiro Mundo”, esse de tipo de problema não existe .
Isto tem contribuído para o aumento do caos da saúde pública. As
autoridades competentesalegam constantemente que não há recursos, mas
sabe-se que é mesmo falta de interesse, pois verbas altíssimas são
repassadas para os estados (como forma de se fazer alianças para
aprovação de projetos do governo federal e que acaba contribuindo para o
desvio dessas verbas para benefícios próprios), dizendo-se que são para
projetos de governo para beneficiar a população. Só não existe recurso
para atender às necessidades da população pobre. Para a corrupção,
tem-se de sobra. Falta de leitos nos atendimentos de emergência, de
vagas para quem necessita de internamento, falta de medicamentos além de
equipamentos hospitalares sucateados aliados ao péssimo controle da
vigilância sanitária que ocasionaa ma higienização e consequentemente
acaba sendo principal fator para grande proliferação de bactérias que
provocam infecção generalizada e levam muitos pacientes a óbito. E os
órgãos responsáveis não têm tomado nenhuma providencia para que isso
tenha fim. Aproveitando-se dos clamores da população que chega à beira
do desespero nas portas dos hospitais públicos das cidades, muitos
programas populares servindo-se do apelo da população divulgam a
situação inicialmente apenas para manter a “audiência”, mas não cobram
dos governantes de maneira constante a resolução dessa problemática. Na
semana passada, com a greve dos médicos, pacientes gemiam com dores sem
atendimento dentro do Hospital Regional. E até mesmo foi presenciado um
paciente com o crânio exposto, ensangüentado, morrendo sem atendimento,
em um piso frio do corredor daquele hospital. A voz de quem sofre com o
apagão da saúde pública a de ser mais forte que dos cansados que
sofreram com o apagão aéreo . Os necessitadosda saúde estão cansados,
mas não têm a quem recorrer, e ainda tem que batalhar todo o dia pra
conseguir mais uma consulta. Diante desta realidade - que não é vista
como novidade, mas como um problema que já se tornou crônico e exige
solução rápida - quem mais sofre é a população carente, que depende
exclusivamente dos serviços do SUS (Sistema Único de Saúde).
Ladsson
Mais um excelente profissional pede demissão da Secretaria de saúde de São José de Ubá, desta feita foi o Dr. PATRICK( psiquiatra), agora quem precisar tem que se dirigir ao consultário dele e pagar R$150,00, por uma consulta. Tudo isso por falta de motivação, salários ridículos e outras apurrinhações que nào compensavam os vencimentos quem paga por isso? A POPULAÇÃO QUE FICA SEM MAIS ESSA ESPECIALIDADE, JÁ NÃO BASTA A PRECARIEDADE DE MÉDICOS NA ATENÇÃO BÁSICA QUE NÃO TEM ENDOCRINOLOGISTA, NEUROLOGISTA( Paullo Roberto foi o priemiro a dar no pé) PEDIATRA, GINECOLOGISTA, E NEM NO ÚLTIMO CONCURSO SEQUER SE INSCREVERAM. ONDE VAMOS PARAR?
Com a mixaria que pagam por ai, nunca vão ter profissionais de boa qualidade, Prefeito mão de vaca, parece que vai pagar o salário do servidor do bolso dele, porque ele não dispensa o salario de prefeito e vive com o de engenheiro do DER, vai ajudar a economizar os 12.000,00 ao município.
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