
No evento que expõe artistas e produtos da música gospel, Kemp disse ao The Christian Post,
que no panorama atual da música gospel, muitos dos artistas do
segmento, os “artistas” querem viajar em aviões e ficar em hotéis de
luxo.
“Não
há sacrifício. Minha preocupação é na questão de sermos servos”, diz, e
conclui: “acho que hoje muitos desses artistas pensam que a igreja que
os chama são seus servos e não se colocam na posição de servir”.
Outro
problema que o preocupa é a chamada comercialização do evangelho,
comentando sobre os artistas evangélicos que cobram cachês para tocar e
priorizam os ganhos financeiros.
Falando
especificamente das composições atuais, ele comenta que as letras são
muito pobres, não há mensagens sobre itens fundamentais como fidelidade à
palavra, arrependimento, entrega total ao senhorio do Cristo.
“Não
há esses elementos presentes na moderna música evangélica brasileira”. E
se defende, “não faço parte deste movimento pop, cuja tônica é a
desorganização e ausência de vida e testemunho cristãos”.
“Realmente
não sei se esses jovens que estão hoje nos palcos tem Jesus Cristo como
Senhor e Salvador ou se sabem comunicar o evangelho”, enfatiza Kemp.
Vencedores por Cristo
O famoso e ainda hoje muito lembrado conjunto de música evangélica Vencedores por Cristo é considerado um dos precursores da música cristã brasileira.
Segundo o líder cristão, na época da criação do grupo Vencedores por Cristo a música não era o ponto central.
“O
ponto central era o discipulado, treinamento e ensino dos jovens. Eles
eram ensinados como viver juntos, como dar testemunho, porque parte do
ministério era o evangelismo.”
Os
critérios para estar no grupo eram, segundo o líder, ser convertido a
Cristo, ter um coração de servo e ter o desejo de trabalhar debaixo da
estrutura e organização do grupo, além de ser recomendado pelo pastor de
sua igreja.
“A
idéia era a preparação da juventude para trabalhar na igreja (…) as
músicas eram usadas como meio de comunicar e também dar testemunho
levando a Palavra de Deus a lugares, os mais diferentes, como igrejas,
praças, prisões”.
Por
meio do ministério Vencedores por Cristo foi possibilitada a formação
de mais de 200 líderes, missionários, pastores e músicos.
Kemp explica que o grupo criado na década de 1970 nunca teve o desejo ou intenção de influenciar a música brasileira.
“Deus
direcionou, pois tivemos muitos compositores que foram treinados
conosco. A música desenvolvida por eles acabou por transformar a música e
o louvor brasileiros”.
Do
ministério surgiram proeminentes músicos, hoje muito conhecidos no meio
evangélico, como Guilheme Kerr, Nelson Bomilcar, JoãoAlexandre e outros
que foram formados nessa época.
O
líder disse ainda que teme que os hinos tradicionais da fé cristã se
percam, já que eles não são tão populares entre os jovens e nas igrejas
atualmente. Segundo ele, isso é preocupante pois há muita teologia e
ensinamentos nos hinos tradicionais.
Jaime
Kemp e a esposa Judith Kemp, são casados há 47 anos e lideram o
ministério voltado à area familiar e são autores de pelos menos 60
títulos literários. O Vencedores por Cristo ainda existe atualmente e
seu foco principal é o evangelismo.
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