25 de março de 2012 por Dacio Malta
Do repórter Italo Nogueira, da ‘Folha’:
“Cabral circula pelo Senado, pelo PMDB e em palanques. Inaugura obras e acompanha momentos cruciais do Rio no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense.
Compromissos do governador Sérgio Cabral (PMDB), 49, se encaixam na agenda do filho, Marco Antônio, 20, que acompanha de perto a gestão do pai e até já o substituiu em campanha eleitoral.
Sob supervisão paternal, ele ascende na política. No último dia 16, ele assumiu a presidência nacional da Juventude do PMDB.
Estudante do 6º período de Direito na PUC, herdou trejeitos e bandeiras do pai. Defende a legalização do aborto, jogo, casamento homossexual e maconha -que diz ter experimentado há dois anos e não usado mais.
A desenvoltura no palanque o levou a ter seu nome sugerido à Câmara dos Deputados em 2014. Marco Antônio admite ser esse seu desejo, mas o pai faz ressalvas.
Por restrições da lei eleitoral, o governador teria que deixar o cargo caso o filho se candidatasse, mas poderia concorrer a presidente, vice-presidente ou ao Senado.
Cabral diz, no entanto, que sua principal preocupação é a de que o filho possa deixar os estudos um pouco de lado.
“Ele foi excelente aluno no Santo Inácio (colégio de elite na zona sul), onde participava do grêmio. Mas vou ficar sempre no pé dele”, disse Cabral. O pai tem suas razões.
Além de estudar e presidir a juventude do PMDB-RJ, Marco Antônio é funcionário na Prefeitura do Rio -tem cargo comissionado com salário de R$ 2.500, em que acompanha a execução de obras. Em 2011, repetiu duas de oito matérias da PUC.
“Seria maluco meu pai se licenciar para eu sair candidato. Sou jovem, posso esperar”, afirma Marco.
Além da invasão do Complexo do Alemão, acompanhou ao lado do pai, em tempo real no Palácio Guanabara, os desdobramentos da greve de bombeiros. Foi ao lado do filho, o segundo dos cinco de dois casamentos, que Cabral viveu a maior crise dos dois mandatos.
Em junho de 2011, Marco Antônio perdeu a namorada, Mariana, em um acidente aéreo de helicóptero no litoral da Bahia. Os dois se conheciam desde os 12 anos.
O acidente revelou a relação do governador com os empresários Fernando Cavendish (dono da empreiteira Delta) e Eike Batista.
Marco Antônio diz que o pai errou ao viajar no jatinho de Eike, o que Cabral reconhece. Mas considera “babacas” as críticas à amizade com Cavendish, cuja empresa tem mais de R$ 1 bilhão em contratos com o governo.
“A amizade antecedia o mandato. O cara é governador e só pode ter amizade com gente pobre?”, diz ele, que namora há cinco meses uma estudante de psicologia.
Em 2010, quando o pai não foi às ruas para a campanha de reeleição, ele acompanhou o vice Luiz Fernando Pezão em agendas para defender o pai. Discursava e liderava militantes no interior.
Em 2009, chegou à presidência regional da Juventude no Rio, substituindo Clarissa Garotinho, 29 -filha do ex-governador Anthony Garotinho, rival de seu pai.
“Ele pediu que eu renunciasse. Mas faltavam três meses para o fim do mandato. Depois fui destituída e ele foi nomeado. Mas é um garoto gente boa”, diz Clarissa, hoje deputada estadual.
Marco a considera “boa deputada”, mas “muito raivosa” na oposição ao pai. E não poupa críticas a Anthony Garotinho: “É corrupto”.
Primo em segundo grau, por parte de mãe, do senador Aécio Neves, Marco repete o pai no elogio tanto a membros do PT como do PSDB.
Aécio, diz, é “referência”. “Foi o primeiro a fazer trabalho de gestão da máquina pública.” E defende o governo na rebelião do PMDB no Congresso. “É crise instaurada por poucos que não querem ver o crescimento do país.”
“Cabral circula pelo Senado, pelo PMDB e em palanques. Inaugura obras e acompanha momentos cruciais do Rio no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense.
Compromissos do governador Sérgio Cabral (PMDB), 49, se encaixam na agenda do filho, Marco Antônio, 20, que acompanha de perto a gestão do pai e até já o substituiu em campanha eleitoral.
Sob supervisão paternal, ele ascende na política. No último dia 16, ele assumiu a presidência nacional da Juventude do PMDB.
Estudante do 6º período de Direito na PUC, herdou trejeitos e bandeiras do pai. Defende a legalização do aborto, jogo, casamento homossexual e maconha -que diz ter experimentado há dois anos e não usado mais.
A desenvoltura no palanque o levou a ter seu nome sugerido à Câmara dos Deputados em 2014. Marco Antônio admite ser esse seu desejo, mas o pai faz ressalvas.
Por restrições da lei eleitoral, o governador teria que deixar o cargo caso o filho se candidatasse, mas poderia concorrer a presidente, vice-presidente ou ao Senado.
Cabral diz, no entanto, que sua principal preocupação é a de que o filho possa deixar os estudos um pouco de lado.
“Ele foi excelente aluno no Santo Inácio (colégio de elite na zona sul), onde participava do grêmio. Mas vou ficar sempre no pé dele”, disse Cabral. O pai tem suas razões.
Além de estudar e presidir a juventude do PMDB-RJ, Marco Antônio é funcionário na Prefeitura do Rio -tem cargo comissionado com salário de R$ 2.500, em que acompanha a execução de obras. Em 2011, repetiu duas de oito matérias da PUC.
“Seria maluco meu pai se licenciar para eu sair candidato. Sou jovem, posso esperar”, afirma Marco.
Além da invasão do Complexo do Alemão, acompanhou ao lado do pai, em tempo real no Palácio Guanabara, os desdobramentos da greve de bombeiros. Foi ao lado do filho, o segundo dos cinco de dois casamentos, que Cabral viveu a maior crise dos dois mandatos.
Em junho de 2011, Marco Antônio perdeu a namorada, Mariana, em um acidente aéreo de helicóptero no litoral da Bahia. Os dois se conheciam desde os 12 anos.
O acidente revelou a relação do governador com os empresários Fernando Cavendish (dono da empreiteira Delta) e Eike Batista.
Marco Antônio diz que o pai errou ao viajar no jatinho de Eike, o que Cabral reconhece. Mas considera “babacas” as críticas à amizade com Cavendish, cuja empresa tem mais de R$ 1 bilhão em contratos com o governo.
“A amizade antecedia o mandato. O cara é governador e só pode ter amizade com gente pobre?”, diz ele, que namora há cinco meses uma estudante de psicologia.
Em 2010, quando o pai não foi às ruas para a campanha de reeleição, ele acompanhou o vice Luiz Fernando Pezão em agendas para defender o pai. Discursava e liderava militantes no interior.
Em 2009, chegou à presidência regional da Juventude no Rio, substituindo Clarissa Garotinho, 29 -filha do ex-governador Anthony Garotinho, rival de seu pai.
“Ele pediu que eu renunciasse. Mas faltavam três meses para o fim do mandato. Depois fui destituída e ele foi nomeado. Mas é um garoto gente boa”, diz Clarissa, hoje deputada estadual.
Marco a considera “boa deputada”, mas “muito raivosa” na oposição ao pai. E não poupa críticas a Anthony Garotinho: “É corrupto”.
Primo em segundo grau, por parte de mãe, do senador Aécio Neves, Marco repete o pai no elogio tanto a membros do PT como do PSDB.
Aécio, diz, é “referência”. “Foi o primeiro a fazer trabalho de gestão da máquina pública.” E defende o governo na rebelião do PMDB no Congresso. “É crise instaurada por poucos que não querem ver o crescimento do país.”
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