Acabar com as distorções existentes no quadro de funcionários da
Prefeitura, valorizar o serviço dos efetivos e dar condições de trabalho
ideais para bem servir a população, são ingredientes da cartilha que
deverá ser lida e assimilada pelo novo prefeito. É fundamental que, já na posse, o chefe do Executivo
compreenda que o funcionalismo público municipal não é inimigo, mas sim
peça fundamental na engrenagem da administração e na busca do sucesso
da futura gestão. O prefeito José Hylen foi um desastre no relacionamento
com a categoria. Repetiu e agravou erros passados e foi unânime ao ser
avaliado pelos subalternos: ‘o pior da história política da cidade’. A
mudança nos parâmetros do relacionamento exige atitudes e decisões
sérias, urgentes e voltadas não só na melhora do desempenho
profissional, mas, e principalmente, na ajuda a ser dada ao novo
prefeito. Este, por sua vez, tem de reconhecer primeiro o mérito dos
funcionários efetivos para esperar depois pela recíproca, pois não se
pode prescindi-los na equipe que pretende dar o melhor de si em favor da
sociedade nos próximos quatro anos. A aprovação do Plano de Carreira, a revisão geral do Estatuto dos Servidores,pagamento de vantagens que não são pagas,ou quando são, é de forma equivocada. A concessão de salários polpudos aos
cargos em comissão e a falta de um mínimo de transparência, revelaram o
perfil do prefeito José Hylen, que desde 2005 nutre desprezo pelos
funcionários. Pelo menos é essa a impressão que passou através de
medidas adotadas de forma pouco inteligente. Por incrível que possa
parecer, oito anos de governo que tinha como slogan "TRABALHO - DESENVOLVIMENTO- TRANSPARÊNCiA" não serviram para acabar com
problemas como a defasagem salarial- com o maior arroxo salarial já sentido pelo funcionalismo-,condições de trabalho precárias,falta de estrutura física nos órgãos públicos, equipamentos obsoletos e quebrados,falta de profissionais capacitados para um bom atendimento a população e nem para
unir em torno de si aquilo que deveria ser um time, entrosado e com os
mesmos propósitos. A gestão da máquina pública é encarada pela
administração do atual prefeito como assunto de interesse restrito do dele e
de seu segundo, o secretário de Administração. Quando era candidato, Zé Hylen
tinha outra postura, outra concepção dos servidores. O novo chefe do
Executivo, que será empossado no dia 1º de janeiro do ano que vem, deve
tomar como exemplo de bom relacionamento com o funcionalismo aquilo que
foi implantado e desenvolvido na gestão de Josely. Bons
propósitos devem ser seguidos e copiados. Quem sabe assim será possível
governar com tranquilidade, com vontade férrea de se produzir e de
defender, de verdade, os interesses da administração e da população. A
herança ao novo prefeito não chega a ser maldita, mas pode se tornar um
pesadelo se não houver um mínimo de mudança e de consideração com os
funcionários.
By Isa.
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